Escrito por Helen Simone Alves de Medeiros
Qui, 08 de setembro de 2011.
O Curso “Como Lidar com Crianças Hiperativas” remete muitas informações importantes para quem quer se especializar nesta área. A autora do curso, chama a atenção para estudarmos a partir de alguma teorias no processo do desenvolvimento da criança, analisadas por pensadores e psicólogos importantes como Piaget, Vigotski e Freud.
A partir das análises, segundo a autora, “é possível investigar os aspectos e fatores que interferem no desenvolvimento saudável e o que pode surgir para aquelas crianças que tiveram sua infância prejudicadas por traumas e problemas domésticos da vida cotidiana”.
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - o TDAH, como assim é chamado, implica no estudo dos aspectos físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social, geralmente detectado no período da pré-escola.
O termo TDAH, segundo Knapp. et. al .. (2002), tal transtorno caracteriza-se por alguns sintomas, que vão desde a desatenção, distração, falta de paciência em permanecer quieto, seja na carteira, ou mesmo em casa, nos lugares públicos, agitação de mãos e pés, facilidade em perder objetos importantes em que exigem maior atenção constante, não termina o que começa a fazer, parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra, esquecimento das tarefas diárias, e outro exemplos são para o portador deste transtorno um problema tanto para ele, para a família e a escola.
É importantíssimo que os educadores tenham mais atenção aos seus alunos, pois é nesta fase da pré-escola que a doença inicia-se, geralmente em torno dos seis anos de idade. Para o tratamento, é necessário uma medicação apropriada, e também é de suma importância um acompanhamento psicológico entre a criança com TDAH e a família.
Segundo a autora, Renata Munhoz, o transtorno tende a diminuir na adolescência se feito corretamente o tratamento, por isso, ela salienta a” importância do acompanhamento do professor perante o desenvolvimento normal de cada criança para se ater à avaliação de psicopatologia”
Existem três tipos de TDAH. São eles:
· TDAH com predomínio de sintomas de desatenção
· TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade
· TDAH combinado
O primeiro é mais freqüente no sexo feminino e parece apresentar junto com o tipo combinado, segundo Knapp et. al. (2002). O segundo tem o comportamento mais agressivo e impulsivos do que aquelas do primeiro e o terceiro tipos de TDAH.
O segundo tipo, tendem a apresentar taxas elevadas de impopularidade e de rejeição dos colegas. O terceiro e último tipo, o tipo combinado; está associado fortemente a esses comportamentos e apresenta, além disso, um prejuízo maior no funcionamento global, quando comparados aos outros dois grupos.
Portadores do TDAH, tem algumas alterações na região orbital frontal do cérebro em relação com o seu restante. A região orbital frontal é a região de nosso cérebro mais desenvolvida e esta região é responsável por toda inibição comportamental, considerados inadequados, e também é responsável ainda pela capacidade de prestar atenção, na memória, no autocontrole de ações, na organização e planejamento das idéias.
Os neurotransmissores situados na região orbital frontal no cérebro, tem a responsabilidade de transmitir informações entre células nervosas, entre os neurônios. Causas investigadas apontam o transtorno de déficit de atenção para a hereditariedade, para as substâncias ingeridas pela mãe na gravidez, como o álcool, o cigarro (nicotina), as drogas, sofrimento fetal (mães que tiveram problemas no parto), exposição ao chumbo, problemas familiares, entre outros.
O tratamento do TDAH, tem seu diagnóstico fundamentalmente clínico e é rigorosamente feito uma avaliação baseados nas características do TDAH. A interação: criança<->família <–> escola< –> aprendizagem é fundamental para o sucesso do tratamento.
Pais e professores tem uma missão importante: Facilitar o processo de formação da personalidade da criança em relação ao TDAH, os pais e professores devem possibilitar a integração no ambiente social, com um espírito crítico, na medida certa e fortalecer na criança a sua auto-estima
Celidônio (1998), diz o seguinte: “...a criança só tem condições de se desenvolver de maneira satisfatória quando há harmonia entre a família, escola e aprendizagem. E educar é dar ao indivíduo condições de construir o conhecimento ao longo da vida, de acordo com suas potencialidades e características pessoais”.
É preciso, nós futuros pedagogos, educadores, estender o papel que cabe à família de propiciar as necessidades básicas de afeto, apego, desapego, segurança, disciplina, aprendizagem e comunicação, desenvolvendo a capacidade de criar vínculos, ou seja, a criança capaz de aprender a se relacionar com a sociedade, proporcionando experiências, sociabilidade, criatividade e o ensino-apredizagem.
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