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7 de setembro de 2011

Comentário Sobre Palestras

Palestra Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa - Prof. Bruno Cesar dos Santos

Escrito por Marcia Maria Aires Nunes 
Qua, 07 de setembro de 2011.
                                                                                                                                              
            Num primeiro momento foi inevitável o impacto diante do novo acordo na grafia do nosso idioma; as opiniões divergiram e críticas afloraram entre concordar e discordar. Contudo a dinâmica palestra do Prof. Bruno Cesar esclarece e nos convence a encarar a reforma como um processo natural de transformação, significando um grande esforço de se comunicar melhor, em especial num mundo de rápidas mudanças.

            A tentativa de se padronizar a grafia no idioma português é histórica, sendo esta a 13ª, desde 1904, até sua consumação, em 2008. Envolve questões de interesses culturais, econômicos, políticos e diplomáticos, sendo Brasil e Portugal, através de suas academias de letras e estudiosos linguistas, os condutores (lobistas?) do acordo, que se auto-define como “um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para seu prestígio social”. No fundo há o esforço implícito dos países expoentes manterem uma boa convivência, uma vez que o Brasil já foi colônia de Portugal. Enfim, países onde se fala o português terão padronizados seus textos escritos para atingir objetivos explícitos. É usada por 230 milhões de falantes, sendo a 5ª mais falada no mundo e a 3ª mais falada no ocidente. É a língua oficial da Comunidade Européia, e as Nações Unidas empregam tanto a norma praticada em Portugal quanto a brasileira, na elaboração de documentos oficiais redigidos em língua portuguesa. Isso, por si só, é motivo suficiente para justificar tanto investimento e empenho.

            Esclarece ainda que as normas do acordo são redigidas em termos abstratos e genéricos, ficando para os integrantes do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – VOLP, a responsabilidade de aplicá-las a cada palavra. Há um inevitável interesse político e cultural pela escrita unificada. As vozes que se erguem nesse debate incluem os apoiantes, os céticos e os críticos. Portugal rejeitou o acordo por motivos passionais, mais do que políticos ou econômicos, por questão de dominação histórica e influência cultural.

            Enquanto seus usuários encontram-se no prazo de adaptação, escrever errado será considerado apenas “inadequado”. Contudo não será assim após 2013, uma vez que o intervalo pedagógico de quatro anos é considerado necessário e suficiente para a formação de uma geração de leitores e de escreventes. É projeto da Academia Brasileira de Letras capacitar pessoas para repassar este conhecimento em forma de pequenos cursos e oficinas através de secretarias municipais de cultura a fim de que todos os brasileiros aprendam o novo modo de escrever o idioma. Eu, pessoalmente, fiquei de bem com o acordo ortográfico de agora por diante.

            Em tempo – Foi indicado o filme Obrigado por Fumar.




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