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7 de setembro de 2011

Comentário Sobre Visita Técnica

Visita Técnica – Praça Mestre Orlando, em 12/08/10.

Escrito por Marcia Maria Aires nunes
Qua, 07 de setembro de 2011.


A Praça Mestre Orlando abriga o marco zero de Caldas Novas a partir do qual a cidade se alastrou para todos os quadrantes num curto espaço de 99 anos de emancipação política. A praça recebeu reforma e vitalização e foi entregue à população em 26 de setembro de 2007. Foi nesta praça que os alunos do curso de Gestão de Equipamentos com Foco em Atrativos Turísticos fizeram sua visita técnica para efeito de aprendizagem.

A praça está margeada de um lado por bares e choperias sempre lotados em feriados e finais de semana. O que se nota em sua fachada é intensa poluição visual dificultando o foco do que se pretende divulgar. Foi construído um banheiro público em local considerado inadequado, uma vez que comprometeu a visão geral da histórica Igreja N. S. das Dores. Tal construção é indicativo de falta de planejamento. As placas de sinalização da praça estão encobertas por placas maiores de publicidade de hotéis, e as rampas para cadeirantes encontram-se geralmente obstruídas por carros particulares. Ambas as ações são indicativo de falta de fiscalização por parte da Superintendência Municipal de Trânsito e do poder público.

A revitalização da praça recebeu 28 jatos d’água que sobem do chão em horário programado, e à noite os jatos recebem iluminação de cores variadas. Os turistas tiram foto e as crianças tomam banho com traje de passeio nos dias muito quentes. Isto é indicativo de modismo, já que chafarizes semelhantes encontram-se espalhados em alguns pontos da cidade como monumentos à água, referindo-se ao maior atrativo local, porém em nada diferenciando-se de outros encontrados em algumas cidades do interior. Não é considerado um projeto original, uma vez que modismos tem efeito passageiro e não deixam marcas na memória dos visitantes. Isto pode ser indicativo de falta de consulta à população. A Igreja Nossa Senhora das Dores, construída por escravos em 1850, tem paredes feitas com tijolo de adobe e estrutura de madeira em aroeira completamente exposta, valorizando a construção, emprestando-lhe imponência e garantindo-lhe seu valor histórico. Contudo, ao lado foi construída uma igreja maior para conter a demanda, com paredes de tijolinho à vista, expondo um evidente confronto ao senso estético. Indicativo de falta de planejamento arquitetônico.

Enfim, numa rápida visita à Praça Mestre Orlando percebe-se falta de planejamento e de consulta popular, sem mencionar que palmeiras centenárias foram derrubadas, o antigo coreto veio abaixo e os poucos canteiros que restaram estão pobres de flores e borboletas. Será que é por isso que a FIFA desclassificou Caldas Novas como cidade-hóspede nas próximas Copa e Olimpíadas, mesmo localizando-se próxima à capital Goiânia (180 km) e Brasília (360 km)?




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