Comentário Sobre Curso de EAD

Inclusão – A Escola está preparada para ela?   Educação a Distância

Escrito por Marcia Maria Aires Nunes
Qua, 07 de setembro de 2011.

                       Para a profª Janaina Amanda Sobral Macedo a resposta é NÃO, NÃO ESTÁ! Contudo, diz ela, nada deve impedir que a inclusão aconteça. Mesmo porque o fato da inclusão estar previsto em nossa Constituição, já a torna um direito inalienável e, como direito subjetivo pode cometer em crime a escola que não receba alunos portadores de necessidades especiais.

                       A lei nº 10.172/jan 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação-PNE, destina o cap. 8 à Educação Especial. Este documento diagnostica e traça as diretrizes, objetivos e metas para os próximos 10 anos, e cuja execução deverá ser feita de três formas: participação nas salas comuns, em salas especiais e na escola especial (salas e escolas especiais somente para os que realmente não puderem ser atendidos nas salas convencionais). Por isso a matrícula desses alunos vem crescendo a olhos vistos, enquanto cai o número de matrículas em escolas especiais (21,4% em seis anos, citado em Nova Escola, maio 2005).

                       Mesmo assim esse número continua irrelevante quando comparado com as estimativas da OMS. E pouco se tem feito para que este número cresça. O PNE estipulou 28 objetivos e metas para o cumprimento da inclusão. Segundo a profª Janaina, ao analisar as diretrizes, objetivos e metas estipulados pelo PNE, vê-se que “não foram cumpridas em sua maioria, não estão sendo e provavelmente não serão totalmente cumpridas”.

                      De acordo com cálculos da OMS, há no Brasil uma estimativa de 18 milhões de deficientes dos quais 293.403 alunos se encontram matriculados em estabelecimentos escolares (Sinopse Estatística da Educação Básica/Censo Escolar 1998, do MEC/INEP). Donde se conclui ser esta apenas uma preocupante ínfima parte dessa população.

                       É recente a história da inclusão na sociedade humana, sendo o preconceito apontado como maior desencadeante. A exclusão dos considerados incapazes (por extermínio, morte, isolamento, etc) é tão antiga quanto a própria existência humana, conforme relatos históricos (Sêneca, Sobre a Ira, I, XV).

                        E o que é INCLUSÃO? De acordo com Maria Teresa E. Mantoan (Nova Escola, maio 2005), “é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A Educação Inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção”. E para assim ocorrer deve-se começar desde cedo, logo na Educação Infantil, “pois fará com que a próxima geração adulta possa ser mais tolerante com a diferença”, conclui Janaina.

                        Assino embaixo! Afinal, isso pode desencadear somente coisas boas como tolerância, fraternidade e solidariedade tão bem-vindos em nossos dias.