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7 de setembro de 2011

Comentário Sobre Visita Técnica

Visita ao Memorial do Cerrado em Goíás


Escrito por Marcia Maria Aires Nunes
Qua, 07 de setembro de 2011.


                        O Memorial do Cerrado é um vasto complexo cultural fundado em 1992, localizado em Goiânia e mantido pela Fundação Aroeira em parceria com a PUC-GO. Instalado num espaço de 400.000 m2 da Universidade Católica de Goiás, integra um dos projetos do Instituto do Trópico Subúmido-ITS, que representa as diversas formas de ocupação do bioma e os variados modelos de relacionamentos com a natureza e sociedade.

                        Dentro do espaço viajamos no tempo, desde os primórdios da pré-história até a chegada dos portugueses ao Brasil. Antes da entrada o visitante se depara com uma autêntica floresta petrificada que existiu no supercontinente de Godwana que mais tarde daria origem à América do Sul e outros continentes (280 milhões de anos). Há uma vasta coleção de fósseis, com destaque para as enormes trilobitas, o parente mais antigo da nossa atual barata (600 milhões de anos). Uma exposição de fauna gigante exibe diversos esqueletos completos ou parciais da megafauna que já existiu no cerrado (tatus, elefantes, bichos-preguiça gigantes, há 12 mil anos). Fotos ampliadas e fósseis de homens das cavernas contam parte da pré-história. O esqueleto do Homem da Serra do Cafezal, encontrado na região, é considerado o mais antigo da América do Sul (11 mil anos). Neste cenário pode-se apreciar uma exposição de animais empalhados em tamanho natural que ainda vivem na região, quase todos na lista de extinção.

                       Saindo da pré-história entramos na Vila Cinematográfica, uma encantadora reconstituição em tamanho original dos primeiros povoados de origem colonial portuguesa, típicos da região centro-oeste. Há no espaço rural réplica de fazendas e oficinas de moenda, alambique de barro, oficina de rapadura e açúcar, de ferreiro, marcenaria, funilaria, serraria, monjolo entre outros. O espaço urbano exibe uma graciosa rua com igreja, escola, mercearia, tipografia, residência, bordel, prefeitura e cadeia, tudo em perfeita ordem e autenticidade. Entramos no Quilombo, um sitio geográfico e local de resistência ocupado e organizado por populações africanas que fugiam da escravidão. Em seguida entramos numa aldeia indígena Timbira, com réplica de oito ocas conectadas ao centro da taba, local de reunião e rituais sagrados. A trilha conectando as ocas duas a duas indica que seus moradores poderiam se casar, pois pertenciam à famílias diferentes. Uma trilha ecológica de 2km foi aberta no interior da reserva intacta da floresta tropical e do cerrado que existe na Estação Ciência São José, local de pesquisa e preservação ambiental.

                         Seguindo a trilha retornamos à modernidade e encontramos um auditório com 150 cadeiras, destinado à educação ambiental e recreação. Na despedida há fotos para recordação, e a certeza de que o Memorial do Cerrado é apenas o início de uma longa jornada em busca das nossas origens e pegadas, a fim de marcar um reencontro conosco mesmos e com o nosso Criador, sem O qual nada nem ninguém existiriam.




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