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7 de setembro de 2011

Comentário Sobre a Reportagem da Revista Nova Escola

Comentário – Falar bem se aprende na escola - Revista Nova Escola, ano XXV, nº 230, março 2010.

Escrito por Marcia Maria Aires Nunes
Qua, 07 de setembro de 2011.


            O ensino da língua oral está previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais há mais de uma década. Mesmo assim sua prática é ainda confundida com atividades de leitura em voz alta e conversas informais, as quais não preparam para os contextos da comunicação. Para um bom aprendizado torna-se necessário ensinar com base num planejamento que requeira quatro condições didáticas: orientação da pesquisa, discussão de modelos, ensaio ou análise de simulação e indicação de formas de registro. Somente assim o professor estará seguro e os alunos se sentirão à vontade para desenvolver talentos e avançar cada vez mais.

Por exemplo, em seminários, cuja estrutura inclui o tempo de fala de cada integrante. Aqui, o aluno faz as vezes do professor, e deve aprender a selecionar temas importantes e transmiti-las com clareza, provocando nos colegas interessantes maneiras de interação a partir de uma boa escolha do tema e na apresentação. Segue uma experiência bem sucedida no Pará com alunos do 5º ano, com conteúdos relacionados ao meio ambiente.

Numa entrevista o objetivo é obter informações para serem transmitidas a ouvintes, leitores ou telespectadores; para isso o aluno deve conhecer bem sobre o assunto e saber formular perguntas precisas e instigantes, sendo ele o condutor da interação. Ensinar essa prática na escola é fundamental, por ser esta uma maneira de aprender sobre determinado assunto ou esclarecer uma questão obscura, o que servirá para toda a vida acadêmica e social. Segue-se uma experiência bem sucedida numa escola de São Paulo cm alunos do 2º ano, sobre o resgate da história local.

O debate é um espaço para reflexão sobre um tema, que permite desenvolver a habilidade de argumentar, escutar opiniões, compreender o colega e confrontar os próprios pontos de vista. Todos devem ter a chance de se expressar, e isso requer regras para se garantir o tempo da fala, o momento de tomar a palavra e o da réplica. Isso requer pesquisa com antecedência, uma vez que sustentar uma opinião carece de dados consistentes a fim de que possa provocar mudanças e reflexões. Segue-se uma experiência bem sucedida numa escola de EJA em Itajaí-SP, sobre relações de trabalho.

Enfim, trabalhar em sala de aula os diversos gêneros do oral (depoimentos, entrevistas, seminários e debates) leva à formação de pessoas que se expressam adequadamente em variadas situações. Se a língua escrita, através de seus gêneros (fábulas, contos, crônicas, notícias, etc) são mais e melhor exploradas no ambiente de aprendizado, o mesmo deve ser dito com relação à comunicação oral, não esquecendo que é bem esta a função da escola.




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