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7 de setembro de 2011

Comentário Sobre Palestras

Palestra Aproximando o Professor, imigrante digital, ao Aluno, nativo digital, no Ensino da Língua Inglesa, com a profª. Cristina Arcuri Eluf (11/09/10).

Escrito por Marcia Maria Aires Nunes
Qua, 07 de setembro de 2011.


A oportuna e esclarecedora palestra da Prof. Cristina propõe a travessia de  um grande abismo ao aproximar o professor ao aluno no contexto da globalização no qual o mundo está inserido desde a década de 80. O professor, nascido e formado antes da introdução das TICs, depara-se em sala de aula com alunos familiarizados com os recursos da mídia eletrônica. Incentivando a aquisição da autonomia, ela atribui o uso da língua inglesa como principal ferramenta, sendo o professor o legítimo agente globalizador que deve ter clara a visão crítica sobre os impactos da globalização e sua aplicação dentro da noção global-local. Na sala de aula the book is not on the table, e o professor deve se adequar a esta nova realidade, sem medo do Google e de outras ferramentas introduzidas pelas TICs, devendo se familiar aos poucos e procurando agir como orientador dos seus alunos, carentes de apoio para filtrarem o turbilhão de informações no aprendizado de novos conteúdos.

            Apresenta a Pedagogia de Multiletramento e da Linguística de CORPUS como ferramentas de suporte para um bom desempenho nessa nova prática de aprendizagem. Tal pedagogia é uma grande possibilidade de enfrentar este desafio. Estudiosos de Harvard definiram o Manifesto da Pedagogia de Multiletramento a partir de 1996, aglutinando uma vertente moderna com representantes em todas as universidades federais brasileiras, constituindo-se numa nova área que cresce e alcança todos os educadores, ao mesmo tempo em que abre possibilidades para uma visão crítica sobre o processo de globalização. Tais estudiosos se inspiram em nosso Paulo Freire; bom saber disso.

            Esclarece Eluf que Letramento é mais do que a capacidade de decodificar. É compreender significados inscritos, seja no papel, na tela ou em qualquer prática social. Sua proposta é conceituar a investigação que pretenda inserir aprendizagens em práticas situadas no âmbito sociocultural regido pelas novas TICs. Citando Berbes Sardinha (PUC-SP), diz que Linguística de CORPUS é a coleta e exploração de CORPORAS (plural de CORPUS), ou conjunto de dados linguísticos textuais criteriosamente coletados com o propósito de servir para a pesquisa de uma língua ou variedade linguística. Dedica-se à exploração da linguagem através de evidências empíricas extraídas por meio do computador. Aplica-se CORPORAS na aquisição da autonomia do aprendiz, contribuindo para a formação do professor de língua nos dias de hoje, interconectando-o com a rede. Surge então uma crescente variedade de textos por meio das TICs, afetando diretamente as práticas educacionais.

            Por fim Eluf questiona para que tipo de mundo estamos preparando nossos alunos. Ela mesma diz não saber. Mas propõe uma reflexão inspirada em Pestalozzi: “A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, mas de ação. É atividade”. Então, mãos a obra! Temos muito a fazer.

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